O início no Rio Grande do Sul

RAMADA – 1905
Certamente, constitui-se no mais antigo trabalho das igrejas da CIBI. Seu início data de 1905, quan­do chegou João Ruiz, pregando o Evangelho. Em. 1906, João Ni­timberg batizou os irmãos Joaquim Ramão Paz e Manoel Lou­renço Paz. A Igreja foi organizada em 8 de abril de 1917, com 25 membrós, tendo trabalhado naquele campo vários obreiros do Senhor. Como justiça, mencionaremos três nomes: Frederico e Guilherme Leiman e Carlos Swesson, sendo este o primeiro missionário da Örebro Missionsfõrening, em 1920.
Grande parte da Igreja de Ramada, tem emigrado pa­ra outras localidades.

LINHA DR.PEDERNEIRAS – 1911
Já no ano de 1911 começaram os irmãos Henrique Koch e o Rev. Willi Leiman a lançar a semente do EvangeIho neste campo, visitando especialmente os imigrantes recém che­gados da Europa, entre os quais havia um bom número de cren­tes.
No começo do trabalho, uniram-se esses irmãos com a. Igreja Batista Alemã da Linha República. A pedido de alguns membros da Igreja da Linha República, o missionário Erik Jansson que havia chegado da Sué­cia em 1912, começou a visitar com regularidade êsses irmãos, unindo-se com êles os pastores Hieronimus Krapp e Willi Lei­rnan.
No memorável dia 15 de dezembro de 1918, organiza­va-se a igreja Batista Betel, da Linha Dr. Pederneiras. O trabalho continuava nos lares dos colonos dessa zona e muitas pessoas renderam-se a Cristo, prosperando a Igreja, maravi­lhosamente. Em 1926 foram chamados, da Suécia, os missionários Alfredo Winderlich e sua esposa, D. Ema, para substituirem Erik Jansson que se mudara para Rio Grande. A Igreja conti­nuou experimentando grandes bençãos e o número de membros aumentou consideravelmente. Nesse tempo de colheita espiritual, ajudaram periodi­camente os missionários Gunnar e John Sjóberg, de Ijuí. Em 1933 foi chamado para obreiro efetivo da Igreja, o irmão Henrique Koch.
Em 1958 chegaram da Europa os missionários Heinz Voss e esposa, enviados pela Junta Missionária de Órebro, Sué­cia, para cooperarem no trabalho do Senhor neste campo.

IJUÍ – 1912
Corria o ano de 1912...Passadas as sombras da estação hibernal, aproximavam-se os dias primaveris, que haveriam de trazer novo alento, muita renovação e ainda mais uma grande nova: a chegada ao Brasil de mais um mensageiro de Deus.
Efetivamente, nos primeiros dias de setembro chegava a Ijui, vindo diretamente da Suécia, o missionário batista ERIK JANSSON, que logo procurou saber se havia crentes entre os colonos suecos da região, para visitá-los e depois seguir viagem para a colonia Guarani, seu destino. Por indicação da família PER HAMARSTROM, o missionário visitou uma família lute­rana e depois de ter-se alegrado com eles, no Senhor, rumou para a colonia Guarani. Repetidamente visitou o pregador as famílias suecas em Ijuí, pois grande era o seu desejo de ganhar almas para Cristo, e após dois anos de dedicado trabalho, viu os frutos, pois que alguns se converteram ao Senhor, deixando os vícios e os pecados Em fins de 1914, já se podia contar ali­cerçado o trabalho de evangelização do município de Ijuí.
No dia 3 de janeiro de 1915, foram batizados os pri­meiros crentes e organizada a IGREJA BATISTA SALÉM pelo pastor Carlos Swesson, missionário sueco que viera coope­rar com o pioneiro Erik Jansson. São os seguintes os membros fundadores: Olof Kihlstrom e esposa; Pedro e Maria Hamars­tröm; Karolina Persson e suas filhas Ana e Hilda. Formando um círculo orando fervorosamente a Deus, aqueles irmãos davam-se as mãos em sinal de união, separando-se definitivamente do mundo para se consagrarem ao Senhor!

TIMBAÚVA – 1912
Penetrando pelas picadas dos matos, alguns homens fiéis a Deus abriram caminho chegando às casas primitivas dos colonos dessa Linha. Esses pioneiros chamavam-se G. Feuerhar­mel, Henrique Koch e os pastores Frederico Leiman e Frederico Matschulat e o saudoso irmão Frederico Oswald, já transferi­do a glória celestial. No rancho do irmão Julio Eichelt foram realizados os primeiros cultos. Isto aconteceu no ano de 1912. Já no ano de 1914, os co­rajosos colonos construi­ram a sua capela própria, a qual em 1930 foi substi­tuída por uma maior e me­lhor. O pastor Frederico Leiman, organizou a Igreja em 18 de maio de 1915, tendo o grande privilégio de conduzir muitas pes­soas a Cristo.
Vários missionários da Sociedade Missionária Batista Independente, como Erik Jansson, Gunnar e John Sjõberg e outros, ajudaram no trabalho. Durante os anos de 1926 a 1935 os missionários Alfredo Winderlich e esposa, foram os respon­sáveis pelo trabalho da Igreja. De 1952 a 1958 foi pastor, Rober­to Busch e o Rev. Heinz Voss. Ver como a pequena semente lançada pelos fiéis semea­dores tem dado fruto, é comovente, e nos anima a louvar e engrandecer o nome do Senhor.

SANTO CRISTO - Linha Cascata – 1917
É a Igreja Batista “Salém”, de Cascata, uma das mais antigas igrejas da nossa Convenção, pois que foi organizada em 1917 com um grupo de irmãos batizados no dia 8 de dezembro daquele ano, pelo missionário pioneiro, Erik Jansson. Durante seus primeiros anos, a Igreja não contou com templo próprio sendo os cultos realizados em residências particulares. Em 1926, foi erguida a primeira capela, o que deu cer­to incremento a obra. Em 1958 foi de­molida a velha capela e erguido um novo templo, onde se realizam os trabalhos. Serviram como pastores dessa Igreja, Erik Jansson, Guilherme Leirnann e Henrique Koch.
A partir de 1953, com a organização da Igreja Filadélfia, de Santa Rosa, o trabalho da Igreja de Cascata ficou sob a jurisdição do pastor daquela Igreja. Serviram nesse período os pastores Alcides Orrigo, Folk Engeibertson e Rüne Söderberg. Colaboraram ativamente no trabalho, como moderadores, os irmãos Messias Batista de Oliveira, Manoel de Quadros e João Batista de Oliveira.

RIO GRANDE – 1924
INÍCIO DO TRABALHO: No dia 7 de Fevereiro de 1924, chegaram à cidade de Rio Grande o casal Carlos e Estela Sundbeck e a missionária Annie Johansson. Alugaram uma casa na rua Rehingantz e numa pe­quena sala iniciaram uma escola de alfabetização para crian­ças e adultos e onde também pregavam o Evangelho. Organi­zou-se uma Escola Dominical e a primeira festa de Natal em 1925, foi bastante concorrida.
ORGANIZACÂO DA IGREJA: Em 28 de fevereiro, às 8 horas, na praia do “Saco da Mangueira” - reuniram-se os missionários com um grupo de 15 candidatos ao batismo. Como era natural, muita gente acorreu ao local para assistir aquele ato. Foi oficiante o missionário Carlos Sudbeck. Pregou o pioneiro Erik Jansson. Às 10:30, no salão de cultos, o pastor Erik Janssoin falou à Igreja, lendo o “Pacto das Igrejas Batistas” que foi aceito por todos; e então, com orações foi declarada organizada a Primeira Igreja Evan­gélica Batista de Rio Grande, sendo seu pastor o Rev. Erik Jansson.
MUDANÇA DE LOCAL E DE PASTORES: Em 27 de janeiro de 1929 foi inaugurado o novo salão de cultos na Av. Major Carlos Pinto. Regressando da Suécia a família Sundbeck, juntamen­te com a enfermeira Maria Ahlen, o Rev. Sundbeck assumiu o pastorado em 1929, nele permanecendo até 1936. Nesse ano reassumiu o pastor Janisson, passando o pastorado ao rev. Bertil Olausson em 1939. Cooperou com a Igreja desde 1937 a missionária Ester Danielsson. Durante a construção do templo em 1941, residiram em Rio Grande os missionários Carlos e Lisen Spohre, os quais muito ajudaram no trabalho do Senhor, especialmente na obra da construção do templo.
De 13 de dezembro de 1941 a 9 de março de 1946, foi pastor da Igreja o Rev. Nils Angelin, sendo substituido pelo rev. Nils Sköre o qual permaneceu à frente do trabalho até 1951, quando entregou o pastorado ao Rev. Stig Jansson. Como evangelistas trabalharam os irmãos Odemar Silveira e Alcides Orrigo, sendo que este último, quando consagrado pastor, em 7 de janeiro de 1950, assumiu a presidência da Diretoria da Igreja. Em 1952, foi substituido pelo pastor Noé da Silva.
De 1948 a 1952 trabalhou na Igreja a missionária Annie Lindblom. Ainda serviu na Igreja como obreiro o pastor Aniceto Vera que juntamente com outros obreiros nativos e missionários deram ótima colaboração ao trabalho do Senhor. Em maio de 1960, o pastor Noé da Silva mudou-se para Curitiba, sendo substituido pelo rev. Bertil Olausson que interinamente exerceu o cargo de pastor até a chegada do pastor Rev. Alcides M. Orrigo, em dezembro do mesmo ano.

TUCUNDUVA - POVOADO MACHADO – 1926
À nova colonização da Linha Machado, chegou, em 1926, o irmão Hiero­nimus Krapp, que duran­te alguns anos anunciou o Evangelho. Juntamente com outros irmãos, chegados mais tarde, solicitaram à Igreja Betel, da Linha Dr. Pederneiras, o envio de um obreiro. Atendendo o ape­lo, a Igreja enviou para lá, em 1931, o missionário A.. Winder­!ich, acompanhado pelos irmãos H. Koch e G. Fischer, a fim de examinarem as possibilidades de um trabalho efetivo.
Em 27 de dezembro de 1931, foi organizada .a Igreja, no lar da família Penno. No ano de 1938, a Igreja inaugurou com grande júbilo, o seu novo e suntuoso templo. Como obreiro, no campo, trabalhou desde 1932 até 1961, o incansável irmão pastor Ernesto Gerstberger, sendo substituído pelo pastor José Lima. Ainda no povoado “Dos Pratos”, ponto de pregação da Igreja, trabalhou o evangelista Sigvardo Driesner, com sua esposa, nos anos de 1958 e 1959.

PORTO ALEGRE – 1931
A igreja BETEL, de Porto Alegre, situa-se entre as mais antigas igrejas da Convenção. Sua fundação data de 1925, sendo organizada em 15 de junho, com 12 membros. O princípio parecia insignificante, mas Deus se dignou abençoá-la de tal forma que os seus ramos se estenderam até além dos limites do Rio Grande, atingindo também Santa Ca­tarina.
A princípio foi difícil com a sua sede, até que em 1938, no dia 23 de novembro, pode entrar no seu belíssimo Templo, à rua .Benjamin Constant, 1653. Ésse dia constituiu-se como que um marco gIorioso na vida da Igreja. A construção tornou-se possível graças ao auxilio financeiro da Missão, na Suécia, e ao esforço ingente dos membros da Igreja. O dia da inauguração foi um dia inesquecível de gloriosas bençãos dos céus.
Numa justa homenagem aos pastores que dedicaram seu serviço a esta Igreja, declinamos aqui os nomes dos seguintes: - o fundador do trabalho foi o missionário Carlos Leonard Spohre, cuja memória reverenciamos, como um obreiro do Senhor consagrado, desbravador, um pioneiro na obra de evange­lização. Seguiu-lhe o missionário Carlos O. Welander. Tendo regressado da Suécia em 1931 o pastor Spohre, reassumiu o pas­torado até 1939; seguiram-se os pastores
John W. Sjõberg, Nils Angelin, João Batista da Silva, Astrogildo Pacheco, Erik Jans­son, Roberto Wilnerzon, Alcides M. Orrigo e o Rev. Antonio Vicente Neves.
A IGREJA “BETEL” E O ESPÍRITO DE EVANGELIZAÇÃO
Grande tem sido o espírito de evangelização na Igreja ‘Betel”. Prova disto é que quase todas as Igrejas da região de Porto Alegre tem niela a sua igreja-mãe: Esteio, São Leopoldo e Santa Cruz do Sul, e mais indiretamente, Hamburgo Velho que se desmembrou de São Leopoldo, sendo, não obstante tra­balho pioneiro da Igreja “Betel”, de Porto Alegre.
Além disto, o Evangelho de Cristo tem sido levado à muitas cidades, vilas e povoações onde há pontos de pregação, fortes e florescentes, inclusive no vizinho Estado de Santa Catarina. Em muitos desses lugares foram levantados lindos templos e capelas.
Uma alegria especial é que Deus separou desta Igreja para sua obra, muitos obreiros que hoje traba­lham como pastores e evangelistas e em outras atividades na Causa, não somente no Rio Grande do Sul como em outros es­tados da União. E isto graças ao Espírito Santo que continuamente tem operado na Igreja, a qual sempre mostrou-se aberta para esta operação. Daí as plenitudes de bençãos que a Igreja tem gozado desde sua organização e as maravilhas operadas pelo Senhor Deus no seu meio.

PELOTAS – 1931
Dando prosseguimento à obra de evangelização ence­tada em todo o Estado pela Sociedade Missionária de Orebro, Suécia, o rev. Carlos Sundbeck, em 1931 fêz a primeira visita à Pelotas, tendo encontrado ambiente favorável ao trabalho de evangelização na cidade. Iniciado o trabalho, já no dia 15 de novembro do mesmo ano, organizou-se a Igreja, tendo como primeiro pastor, o missionário Carlos O. Wellander
0 trabalho prosperou estendendo-se aos bairros da ci­dade e em 1934, a Igreja contava com 54 membros.
Com a viagem do pastor Wellander para a Suécia, assumiu o pastorado o missionârjo Erik Jansson, tendo como cooperador o então evangelista Astrogildo Pacheco, que viera de Pôrto Alegre. Dando prosseguimento ao seu trabalho, a Igreja estendeu sua ação até Canguçu, onde, em 17 de março de 1940, organizou a Igreja ali, com 23 de seus membros. Tornara-se, assim, a Igreja de Pelotas igreja-mãe da de Canguçu. Com a mudança do pastor Astrogildo Pacheco para Canguçu, assumiu o pastorado em 1944, o Rev. C. Sundbeck, tendo sucessivamente servido a Igreja os pastôres Odemar Sil­veira, Erik Jansson, Pedro Falcão, Oliver Larsson e Aníceto Vera.
CONSTRUÇÃO DO TEMPLO: velha aspiração da Igreja, a aquisição do templo próprio, foi concretizada em fe­vereiro de 1960, após ingentes esforços dos membros que reali­zarain campanhas sucessivas sob a direção do Senhor, conseguindo os recursos para esse fim. Verdadeiramente Deus ajudou e dirigiu tudo, e não só o templo como a casa pastoral estão prontos, servindo como um. monumento da obra de Deus, localizados num ponto central da cidade.

ESTEIO – 1935
Foi em fevereiro de 1935, que o brado ma­cedônico de Esteio chegou até à Igreja Betel de Porto Alegre, a qual, naquele tempo iniciou um trabalho na casa de D. Serafina Ungaretti, à Av. São Leopoldo. Muitas almas se converteram ao Senhor e já no ano de 1942 foi construida uma boa capela na rua dos Ferroviários, onde funcionou o trabalho até à construção do majestoso templo da Igreja, inaugurado em 29 de màrço de 1953, à rua Pelotas, 854.
A inauguração do templo constitui um marco na história. da 1a.Igreja Betel de Esteio. Reunido o povo na capela, à rua dos Ferroviários, depois de um breve culto de ação de graças pelo tempo ali passado, tendo à frente banda de sôpro dos irmãoø de Santa Rosa, a caravana dirigiu-se para a rua Pelotas, onde, aberta a porta do Templo, foi realizado o solene culto de consagração da nova Casa de Oração, ao Senhor. Houve muito júbilo e louvor ao Senhor Deus pela vitória alcançada.
Serviram como obreiros no campo de Esteio, os então evangelistas Pedro Mendes, Alcides G. Santos, Oscar Ferreira, João Batista da Silva e João C. Gomes Pereira. Foi seu primei­ro pastor, o irmão João Gomes, que serviu desde a organização da Igreja em 23 de junho de 1946, até 1948, quando assumiu o pastor João B. da Silva. Em 1950, esteve cooperando, co­mo evangelista da igreja, o irmão Anarolino Luz Leão.
A Igreja Betel, de Esteio, tem sido, sem favor al­gum, uma Igreja missionária. Seu trabalho tem se estendido por todos os lados. Em Sapucaia, cujo trabalho data de 1930, a Igreja inaugurou, em 12 de junho de 1960, um belo templo de al­venaria, sendo o trabalho atendido pelo próprio pastor, auxi­liado pelo irmão Luiz Claro de Cristo.
Em 1956, foi iniciado o trabalho no Passo do Feijó, Porto Alegre, o qual desenvolveu-se contando a congre­gação com 78 membros. Foi construído e inaugurado em 10 de março de 1958, um lindo templo de alvenaria. O trabalho dali estendeu-se para a Granja Santa Fé e Osório. Como obreiros leigos cooperam na Igreja os irmãos Cassiano da Silva e Oriovaldo P. Davi, atendendo o campo de Passo do Feijó e Vila Primavera. Também serviram no Passo do Feijó, os evangelistas Alexandre Ogorodnik e Felisberto Vieira.

JAGUARÃO - 1935
Esta Igreja foi organizada em 1935. Por certas circunstâncias teve suas atividades interrompidas por duas vêzes. Hoje, com seu trabalho consolidado, figura entre as Igrejas missionárias. Deu origem à Igreja de Pedro Osório. Seu primeiro pastor foi Francisco da Silva. Em 1942, foi reorganizada pelo missionário Bertil Olausson, servindo o evangelista Manoel P. dos Santos.
Em 1952, o pastor Anarolino Luz Leão reorganizou a Igreja pela segunda vez, comprou um terreno e construiu um belissimo templo, tendo se firmado assim o trabalho em definitivo.
Como contribuição desta Igreja à Causa do Senhor, registramos três obreiros nascidos no seu seio, cujos nomes declinamos com gratidão a Deus e como reconhecimento pelo que muito têm feito na obra do Senhor: Pedro Falcão, por três vêzes eleito Presidente da Convenção das Igrejas Batistas Independentes do Brasil. Odemar Silveira, que serviu durante mui­tos anos corno pastor de diversas igrejas da Convenção, e Alcides G. Santos, obreiro por alguns anos da Igreja de Pôrto Alegre, e por muitos anos pastor da Igreja Batista In­dependente, de Santa Maria.
É-nos grato lembrar, como sinal de reconhecimento, que Jaguarão foi um dos primeiros campos, juntamente com Santa Rosa, que a Convenção resolveu atender, logo após à sua organização, em 1952. Foi isto que possibilitou a vinda do pas­tor Anarolino Leão para Jaguarão e a segunda reorganização da Igreja.

CANGUÇU – 1938
A IGREJA BATISTA DE CANGUÇU tem sua história ligada a uma visita feita por diversas pessoas de Canguçu à cidade de Pelotas, onde visitaram os cultos na Igreja Batista Filadélfia, daquela cidade. Dos entendimentos havidos com o pastor Astrogildo Pacheco, ficou acertado uma visita a Can­guçu, resultando dai o inicio do trabalho. Isto foi no ano de 1938.
Estabelecido o trabalho, cedo vieram os frutos e no ano seguinte, - 1939 - realizava-se o primeiro batismo bíbli­co, na histórica cidade dos Farrapos. A benção do Senhor continuou com a chegada do primeiro evangelista, irmão Manoel P. dos Santos, que foi grandemente usado por Deus. Mais tarde, chegou também o irmão José W. da Silva, que muito cooperou com o trabalho no campo de Canguçu.
Importante passo na vida da congregação, foi a organização da Igreja, em 17 de março de 1940, com 23 membros. Seu primeiro pastor foi o irmão Astrogildo M. Pacheco, de saudosa memória, seguindo-se Noé V. da Silva, Aniceto Vera, o diácono Gonçalino Brito, interinamente até a che­gada do pastor Pedro Men­des e mais uma vez quan­do este irmão mudou-se para São Paulo até a che­gada do pastor Anarolino Leão, em 19 de dezembro. de 1958.

HAMBURGO VELHO – 1938
A Igreja Batista Independente de Hamburgo Velho, teve seu início com as visitas realizadas pelo evangelista João Batista da Silva, desde 1938. No começo o trabalho se realiza­va na Vila São Jorge e Vila Rosa, em Novo Hamburgo, tendo o mesmo sofrido forte oposição e até perseguições. Deus, porém, abençoou maravilhosamente o esforço dos seus servos e a vitó­ria não tardou muito. Em 1947, foi chamado para evangelista do campo, o irmão Francisco Bueno. O Senhor continuou a abençoar o trabalho e o progresso da congregação foi cada vez maior. Sentindo a necessidade de se organizar como Igreja, foi acertado com a Igreja de São Leopoldo à qual pertencia a con­gregação, a sua emancipação, o que se deu no dia 27 de novem­bro de 1950, com 57 membros de missionários da Igreja de São Leopoldo. Seu primeiro pastor foi o irmão Francisco Bueno.
Imenso tem sido o trabalho executado pela Igreja, no setor de evangelização. Portas se tem aberto para pregação e o fervor espiritual da Igreja é impregnado por um espírito evangelizador. Vários lu­gares já receberam a mensagem do Evangelho por intermédio da
Igreja. A Igreja conseguiu, com o auxílio do Senhor, levan­tar o seu magnífico templo.

SÃO LEOPOLDO – 1938
Muitas foram as pessoas que se converteram, formando, juntamente com as congregações de Novo Hamburgo e Vila São Jorge, um grupo de 87 membros, todos pertencentes à Igreja “Betel”, de P.Alegre.
Organização da Igreja - De comum acordo com a Igreja-mãe, essas três congregações organizaram-se em Igreja, no dia 27 de fevereiro de 1944, tendo como seu primeiro pastor o saudoso missionário Carlos Spohre. Mais tarde, a Igreja de São Leopoldo concedeu carta demissória a 57 membros das congregações de Novo Hamburgo e Vila São Jorge, as quais passaram a constituir a Igreja Independente de Hamburgo Velho.
Obreiros que trabalharam na igreja - Além dos já mencionados acima, ainda empregaram suas atividades nessa Igreja, os pastores Antonio V. Neves, Stig Johansson, João Gomes, Oscar Ferreira, e outros evange­listas e missionárias que aqui cooperaram com a Igreja na obra do Senhor. Desta Igreja, temos a agradecer a Deus pela chamada para o ministério santo dos irmãos pastores Pedro e Paulo Mendes os quais estão em atividade na obra do Senhor.

PEDRO OSÓRIO – 1938
Foi em junho de 1938, que o então evangelista Pedro Falcão visitou essa localidade, organizando-se a Igreja em 15 .de janeiro de 1939, com 34 membros, todos demissionários da Igreja Batista de Jaguarão. Seu primeiro pastor foi o Rev. Carlos Sundbeck. Dirigiu o trabalho ali, já por vários anos, o irmão Armando Leão.

SANTA CRUZ DO SUL – 1939
Foi na primavera de 1939, que a Igreja Betel de P. Alegre, aten­dendo veemente apelo de duas famílias crentes q u e moravam em Santa Cruz do Sul, resolveu enviar o então evangelista Alcides G. Santos, para iniciar o trabalho ali. Deus aben­çoou a obra e, em 1940, realizou-se o primeiro batismo. Em 1942, com a mudança do irmão A. Santos para Santa Maria, chegou de P. Alegre, o evangelista Oscar Ferreira, que permanenceu no traba­lho até 1945, quando foi substituido pelo Rev. Alfredo Winder­lich.
Organização da Igreja e construção do Templo - Em 26 de janeiro de 1946, foi organizada a Igreja, com 31 mem­bros. Grande foi o esforço dispendido pelo irmão Winderlich para a construção do templo, conseguindo, grátis, todo o material.
A obra de evangelização e os obreiros - A Igreja tem estendido o seu trabalho até Venâncio Aires, onde há vários anos mantém um ponto de pregação, assim como Candelária a outras localidades do interior do município. Como obreiros, além dos já citados acima, serviram os pastores Odemar Silveira, Aniceto Vera e Alberto Bachini, além de vários missionários. A todos a Igreja estende sua cordial saudação.

SANTA MARIA – 1939
Santa Maria, cidade Universitária, coração do Rio Grande do Sul. Foi ai que chegaram, em 1939, o casal Ema e Alfredo Winderlich e a missionária Maria Ahlen, para. lançar as bases do que seria, mais tarde, a IGREJA BATISTA INDEPENDENTE. Deus dirigiu os seus servos no serviço e já no dia 6 de janeiro de 1940, organizava-se a Igreja. Em 14 de abril de 1942, assumia o pastorado o então evangelista Alcides G. dos Santos, que substituiu o pastor A.Winderlich que logo após mudou-se para Porto Alegre. O irmão A. Santos permaneceu como pastor efetivo da Igreja, por longos anos, servindo posteriormente os pastores Carlos Sundbeck, Martinho M. Mendes e José da Silva, sendo pastor atual o Rev. Paulo Mendes.
Serviram, ainda, como pastores, por breve tempo o missionário Thorsten. Sjösteth e, como obreiros cooperadores, os missionários Bertil Olausson e Folk Engelbertsson e os então evangelistas Noé da Silva, Odemar Silveira, Pedro Mendes e as missionárias Karin Eriksson, Anie Orrigo e Greta Borg.
Movimentos pela Causa em geral - Cabe à Igreja Ba­tista Independente de Santa Maria, a honra e a alegria de ser patrocinadora, pelos seus pastores ou membros em geral, de movimentos de grande envergadura para a obra da Convenção. Do seu seio partiram os movimentos de renovação do LUZ NAS TREVAS; a CA­SA EDITORA BATISTA INDEPENDENTE; a REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL e a ESCOLA INDUSTRIAL “PAULO DE TARSO”. Foi, ainda, no seio da Igreja de Santa Maria, que foi gerado o Instituto Bíblico, quando numa memorável e histórica Escola Bíblica, em 1945, foi criado o Curso Bíblico de Extensão para obreiros, o que viria a ser mais tarde transformado num Curso de Seminário de três anos, realidade concretizada com a criação do Instituto, em 1952.
Está a Igreja de Santa Maria, geograficamente falando, no ­coração do Rio Grande do Sul. Está, também, espiritual­mente falando, no cora­ção das demais igrejas da Convenção. A rnemo­rável Assembléia Geral da Convenção, hospedada por ela, em 1958, veio provar o quanto essa Igreja é querida e consi­derada entre as demais.
E por tudo isso seja a honra e glória dadas ao Senhor Jesus Cristo, o Senhor da Seara.

BAGE – 1940
Foi no ano de 1940 que os missionários João e Gertru­de Sjõberg chegaram a Bajé para dar início ao trabalho do Se­nhor nesta zona do Estado. Deus abençoou a obra e no dia 24 de novembro de 1941, foi organizada a Igreja, com 25 membros.
Obreiros que serviram na Igreja de Bajé - Muitos e dedicados foram os servos do Senhor que serviram na Igreja de Bajé. O Senhor a todos usou maravilhosamente. Com o desen­volvimento do trabalho, a Igreja chamou, em 30 de agosto de 1942, o então evangelista Noé da Silva; em 1943, o evangelista Martinho Mendes foi também chamado para cooperar no traba­lho. Em 1946, assumiu o pastorado o Rev. Pedro Falcão que tra­balhou juntamente com os missionários Arne e Regina Johansou, até o regresso da família Sjõberg da Suécia. O Rev. Joâo Gomes Pereira substituiu o pastor Fa1cão, sendo, por sua vez, substituido pelo Rev. Anarolino Leão.
Como missionária, trabalhou por vários anos ali, a irmã Karin Eriksson, cujo trabalho eficiente produziu muitos frutos para a obra do Senhor.
O trabalho de Evangelização - Durante este tempo de trabalho em Bage, Deus tem abençoado a sua Igreja. Algumas centenas de pessoas passaram pelo rol de membros, O Evangelho tem sido levado a quase todo o município e municí­pios vizinhos. De Bajé sairam os arautos com a Semente Santa para São Gabriel, onde hoje existe uma florescente Igreja.

SÃO GABRIEL – 1945
HISTÓRICO - O primeiro obreiro a começar o trabalho em São Gabriel, foi o missionário John Sjõberg, então pastor da Igreja em Bajé. Mais tarde chegou o evangelista Noé da Silva, atendendo o trabalho durante dois anos. Com a mudança do ir­mão Noé, passou a atender o trabalho o evangelista Martinho Mendes, que residia em Bajé, até à chagada, em março de 1945, do então evangelista Pedro Mendes.
ORGANIZAÇÃO DA IGREJA - Em 28 de novembro de 1948, atentando para as reais necessidades do trabalho, a congregação que até então pertencera à Igreja de Bajé, tornava-se independente, com 33 membros arrolados.
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO – O salão de cultos, à rua Barão de São Gabriel, tornava-se cada vez mais insuficiente para comportar todos os ouvintes da Palavra de Deus. Fazia-se necessário comprar um terreno e construir um templo. A Igreja unanimemente começou a orar a Deus e o Senhor respondeu.
Em 1952 foi adquirido um terreno e em 28 de setembro foi lançada a pedra fundamental do templo. Estava iniciada a obra.
MUDANÇA DE PASTORES - Com a mudança do pastor Pedro Mendes para assumir o trabalho em Canguçu, depois de sete frutíferos anos de atividade, a Igreja recebeu como seu substituto o missionário Stig Johanson, infatigável batalhador na Obra e do qual a Igreja ainda constantemente se recorda. Foi um tempo de vitórias e de poder do Espírito Santo na igreja, crescendo a obra com salvação de almas e também na constru­ção do Templo, o qual foi inaugurado no dia 9 de setembro de 1956, à rua Gal. Marques n.711.
Novamente a Igreja teria de se defrontar com mais um problema no pastorado, pois o Rev. Stig viajou com sua família para a Suécia, em férias, em 1958, ficando a. irmã Florisbela Cunha encarregada do trabalho até à vinda do novo pastor. Em março de 1959, assumiu o pastorado o irmão Almiro Antonio de Souza, de saudosa memória, até outubro de 1960, quando transferiu-se para Cruz Alta. Em janeiro de 1961 era empossa­do no pastorado o irmão Cipriano Ferraz.
Serviram, além dos mencionados acima, mais os seguintes obreiros do Senhor: Rev. Arne Johanson, Maria Ahlen, Greta Borg e Karim Eriksson.

PASSO FUNDO – 1950
O trabalho Batista em P. Fundo, teve inicio no ano de 1950, com a chegada dos missionários Bertil e Alva Olausson. No princí­pio as reuniões foram rea­lizadas na própria casa dos missionários, até, que foi possível conseguir um salão.
O ano de 1953, consti­tuiu-se como um marco na história do trabalho em P. Fundo. Nesse ano, foi or­ganizada a primeira Igreja Batista Independente naquela cida­de, com oito membros, sendo quatro com cartas demissórias de outras Igrejas Batistas e quatro batizados no dia da organiza­ção ds Igreja.
Em 1955, foi possível a inauguração do novo templo da Igreja. O casal Olausson voltou à Suécia, em férias, em 1956, sendo substituido pelo casal Elly e Oliver Larssonl O pas­tor, missionário Folk Engeibertsson com sua esposa Inga, che­garam em Passo Fundo em fins de 1958, quando assumiram a direção do trabalho ali.

CRUZ ALTA – 1951
O trabalho da Igreja Batista Independente de Cruz Alta, teve o seu início de forma muito singular: mudando-se de Santa Maria para Cruz Alta a família Lourival Lima, fez o pastor Alcides Santos algumas visitas àquela família, realizando cultos em sua casa. Posteriormente, também a família Patricio Farias Lima foi transferida de San­ta Maria para Cruz Alta, formando assim um grupo de 6 membros daquela Igreja. O irmão Patricio, procurou a Igreja de Ijuí, por ser mais próxima, e solicitou a abertura do trabalho em Cruz Alta o que foi feito em março de 1951. Deus abençoou o trabalho, e a primeira Escola Dominical foi organizada pelo pastor Martinho M. Mendes, em 26 de agosto daquele ano. Em janeiro de 1956. foi inaugurado o templo e em 27 de setembro de 1959, organizada a Igreja, sendo seu primeiro pastor, o irmão Aristides Flores.

CARAZINHO – 1952
Foi por volta de 1952 que chegou em Carazinho o casal Irma e Darcy Assis, onde fixou residência. Mais tarde, chega­ram, também, seus pais, Maria e João Assis. Co­mo brasas vivas, esses dois casais de irmãos testemunharam da sua fé e confiança no Se­nhor. Com um profun­do desejo de verem um trabalho da CIEBIB na cidade de Carazinho, esses irmãos iniciaram uma Escola Dominical, anunciando abertamente as maravilhas do Senhor: que Ele salva e também ba­tiza no Espírito Santo. Como resultado dêsse trabalho, umas seis pessoas se converteram ao Senhor. E então, um veemente apelo foi dirigido à Convenção para que enviasse para lá um obreiro, a fim de atender às necessidades do trabalho.
Em junho de 1959, chegava o pastor José Wailler da Silva, com sua família. Com o primeiro batismo de seis irmãos e com mais seis procedentes de outras igrejas irmãs, com carta demissória, foi organizada a Igreja Batista Independente de Carazinho, no dia 06 de setembro de 1959.

SANTA ROSA – 1952
DADOS HISTÓRICOS - Foi a primeira Assembléia Geral da Convenção das Igrejas Batistas Independentes do Brasil, que resolveu a abertura do trabalho do Senhor na cidade de Santa Rosa, em fevereiro de 1952.
Dois meses depois, chegava ali o casal Alcides e Anis Orrigo, como obreiros da Convenção, para darem inicio ao tra­balho. Como nada havia ainda, os cultos se realizavam em casas particulares.
O primeiro Templo - Graças à direção Divina e a Colaboração prestimosa e eficiente do pastor Henrique Koch e das Igrejas do interior do município, foi adquirido um prédio de alvenaria por oitenta mil cruzeiros. Foi a primeira vitória, pela graça do Senhor. Em 14 de dezembro ele 1952, deu-se a inau­guração e consagração do templo. A 29 de abril de 1958, organizava-se a igreja com 19 membros.
Em maio de 1955, o casal Orrigo se despedia da Igre­ja, em viagem de férias para a Suécia, ficando o trabalho sob a direção da Diretoria da CIEBIB, que o atendia periódicamente, até que em 29 de abril de 1956, assumiu o pastorado o missio­nário Folk Engelbertsson, que juntamente com sua esposa Inga, fizeram um reconhecido trabalho, reanimando o animo dos irmãos. Seu trabalho, estendeu-se até fevereiro de 1958, quando viajaram também para a Suécia, sendo substituídos pe­los missionários Rüne e Ulla-Britt Söderberg, que imediatamen­te entraram em atividade, com muito entusiasmo.
O SEGUNDO TEMPLO - Durante o ano de 1959, fo­ram feitos os planos para construção de um novo templo, consi­derando que o primeiro templo já não mais atendia às condi­ções e necessidades do trabalho. A obra foi iniciada e, em 25 de março de 1961, sob intensa alegria e gratidão a Deus, num ato festivo, foi inaugurado o segundo templo, com 180 ms2. Toda a honra e glória sejam dadas ao Senhor!

FREDERICO WESTPHALEN – 1953
O trabalho da Missão em Frederico Westphalen, co­meçou no ano de 1953, quando o missionário Arne Johansson realizou algumas visitas àquela cidade. Depois de realizados alguns batismos, foi organizada a Igreja tendo como pastor o Rev. Gilberto Stevão.


Encerrando aqui esta síntese da nossa história, pres­tamos nossa sincera homenagem à Sociedade Missionária Batista Independente e à Convenção Batista Independente, assim como ao membro fundador e fiél cooperador do trabalho, irmão Bazilio Rodrigues.

“Graças a Deus pelo seu dom inefável”.

Extraido do livro “Quem somos... O que fazemos... Em que cremos...”
Publicado pela Casa Editora Batista Independente e, gentilmente cedido pelo Pr.Silon O.do Nascimento da Igreja Batista Independente de Sapucaia do Sul-RS (2006)


Versículo

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." - (João 3:16)