Os Batistas Independentes

  1. A HISTORIA DA MISSÃO DE ÖREBRO, SUÉCIA.
  2. Suécia no século 19.

            Suécia é um país pequeno no norte de Europa. Ficava distante do resto da Europa separada por um mar. Tem um clima difícil, com temperaturas muito baixas no inverno. No século 17 tinha se tornado uma potência grande por sua força militar. Generais e reis da Suécia faziam guerra na Europa e conquistaram grandes áreas. Esta guerra era contra o catolicismo. Suécia tinha passado pela reforma luterana no século 16 e queria agora defender esta fé.

            No século 19 tinha perdido toda esta influência e agora era um país pobre. Na metade do século havia alguns anos que colheram muito pouco, devido a seca e o frio, e muita gente passou fome. Ouviram falar de EUA, que estava aberto para imigração e durante a segunda metade do séc. 19 a metade da população de 4 milhões de habitantes imigrou. A grande maioria para EUA, mas também alguns para Brasil.

            Suécia tinha sido um país bastante fechado religiosamente até a metade do séc. 19. A única religião permitida era a igreja Luterana, que pertencia o Estado até o ano 2000.  Ideologicamente estava mais aberta. Em 1948 chegou o primeiro pastor batista a Suécia e neste ano houve o primeiro batismo por emersão. Logo pregadores espalharam a nova doutrina sobre o país.

  1. John Ongman.

            Nasceu em 15 de novembro de 1845 no norte da Suécia. Vivia na zona rural, bem no interior, sem saber muito do que se passava fora da região onde vivia. Possuíam um pequeno sitio, mas eram bastante pobres. Estudou quatro anos na escola, que era comum naquela época.

            Neste clima de grandes dificuldades havia uma terra fértil para vários movimentos políticos e religiosos. Começaram surgir as igrejas independentes da Igreja Luterana. Um pregador batista chegou na região onde Ongman vivia e em 1859 foi organizada a primeira igreja livre da região, uma igreja batista.

            Ongman começou freqüentar esta igreja e logo se converteu. No dia 4 de março de 1964, com 19 anos, foi batizado numa lagoa. Era inverno e a temperatura bem abaixo de zero. Tinham que fazer um buraco no gelo para poder realizar o batismo. Ongman logo começou pregar e a partir de 1966 começou visitar também outras igrejas na região. Em 1865 casou pela primeira vez. Ele tinha 20 anos e a esposa 32.

            Nos anos 1867-68 havia muita miséria na Suécia. O povo não tinha farinha para fazer o pão e por isso usavam casca de pinheiros que moíam e misturavam na farinha. Quando a fome começou apertar demais, muitos começaram imigrar para EUA. Ongman e sua família viajaram em 1868. Chegou aos estados do norte. Nos primeiros anos trabalhou com escavação de valas para drenagem, mas logo começou pregar nas igrejas batistas suecas. Logo em seguida foi convidado para assumir o pastorado de uma igreja.

            Em 1873, mudou-se para St. Paul, onde iniciou uma nova igreja. Hoje é uma grande Igreja Batista. Em 1875 mudou-se para Chicago, onde serviu a Igreja Batista Sueca. Em Chicago havia um seminário, onde Ongman estudou e em 1877 formou-se. Em 1881 voltou para St. Paul para pastorear a mesma igreja. Permaneceu até 1890. 

            No século 19 houve grandes avivamentos nos EUA. Surgiram grandes evangelistas como Moody, Simpson, Finney e Gordon. Foram realizadas grandes campanhas evangélisticas e começou também falar mais sobre o poder do Espírito Santo. Ongman teve a oportunidade de participar em várias destas campanhas e foi grandemente influenciado. Em 1886 ele dedicou um ano inteiro para oração e consagração. Durante o ano ele teve grandes encontros com Deus.

  1. Ongman volta para Suécia.

            Em 1889 resolveu fazer uma viagem para Suécia. A principal finalidade era ver a sua mãe, mas ele queria também visitar algumas igrejas. Agora ele era considerado um grande pregador, que trouxe uma mensagem de avivamento, que nesta época não era comum na Suécia.

            Na cidade de Örebro ele pregou na igreja Batista Betel. Surgiu logo um avivamento e a igreja se encheu noite após noite. Muitas pessoas se converteram. Logo que Ongman viajou a igreja ficou sem pastor. A diretoria se reuniu e apresentou o seu candidato para o pastorado numa sessão da igreja. Os novos membros, que estavam em maioria, apresentaram o nome do John Ongman, e na votação venceram a proposta da diretoria. Ongman já estava de volta no EUA. Ele recebeu o convite e respondeu logo em seguida que não estava interessado. A igreja insistiu e quando veio o terceiro convite, ele aceitou. Justamente nesta época a esposa faleceu. Ele casou de novo, mas depois de um ano também esta esposa faleceu. Em 1894, já na Suécia casou pela terceira vez.

            Em outubro de 1989 foi recebido como pastor na Igreja Batista Betel de Örebro. Logo em seguida a igreja voltou ter momentos de avivamento e muitas pessoas foram batizadas. A igreja cresceu muito.

            A igreja era ligada a Convenção Batista da Suécia. Algumas igrejas batistas aceitaram o avivamento, enquanto outras rejeitaram. As igrejas eram um reflexo da economia do país e passaram por isso grandes dificuldades financeiras. Para conseguir verbas para a manutenção do trabalho promoveram bazares, leilões etc. As do avivamento criticaram estas igrejas por serem mundanas.

            Logo apareceram tenções dentro de duas áreas. Dentro da igreja havia os batistas tradicionais que eram contra o avivamento e todos os novos convertidos. Quase todos os membros da diretoria eram tradicionais. Dentro da Convenção Batista formavam-se também os mesmos dois grupos, os avivados e os tradicionais. Ongman logo se tornou um líder para este grupo mais avivado.

  1. Escola Bíblica.

            Havia uma Associação batista na região de Örebro. Em 1891 Ongman surgiu que a Associação começasse uma Escola Bíblica para o preparo de professores da Escola Dominical e lideres da mocidade. Isto não era problema. O problema foi que Ongman sugeriu que a escola fosse aberta para ambos os sexos. Nos EUA havia nesta época mais igualdade entre homem e mulher que na Suécia. Por isso a proposta foi rejeitada. Já que a Associação não quis abrir a escola, Ongman começou a Escola na própria igreja. Lá foi bem aceita e começou em 1891. Os alunos, além de trabalhar na igreja local, foram enviados para outros lugares para em primeiro lugar abrir novos trabalhos. Além de moços foram também enviadas evangelistas do sexo feminino. Não demorou muito, que a Convenção levantou o assunto e houve um debate nacional. Muitos não aprovaram “as meninas do Ongman”, que eram chamadas.

  1. A Sociedade Missionária de Örebro.

            A Escola Bíblica cresceu rapidamente e vieram jovens de toda a Suécia. Eles procuraram o avivamento e também uma maneira de realizar a sua chamada. Quando terminaram a Escola Bíblica, Ongman queria enviá-los para abrir novos trabalhos. Na própria igreja Betel havia um grande interesse por missões, mesmo ainda somente missões nacionais. Os jovens que saíram precisavam sustento e para isto Ongman criou uma Sociedade Missionária dentro da própria igreja. Isto aconteceu já em 1891. Foi formada por 25 membros da própria igreja. Logo cresceu e muitos evangelistas foram enviados para todas as regiões do país.

  1. Igreja Batista Filadélfia.

            Ongman não tinha apoio da maioria dos membros da sua diretoria. Era impossível trabalhar assim. Houve muitos conflitos, tanto por causa do avivamento como também por causa de muitos choques culturais. Em 1896 não dava mais. Ongman entregou o pastorado. Houve bastante diálogo entre a diretoria e Ongman e por fim resolveram dar carta de transferência para Ongman e todos os membros que queriam o seguir. Saíram 92 membros que junto com Ongman fundaram a 2:a Igreja Batista de Örebro em 1897. A nova igreja foi chamada Igreja Batista Filadélfia. Ongman foi convidado a ser o pastor da nova igreja. Tanto a Escola Bíblica como a Sociedade Missionária foram transferidos para esta nova igreja.

            Em 1891 Ongman começou uma conferência de edificação espiritual para o qual ele convidou pessoas de todo o país para participar. Esta conferência em poucos anos se tornou uma referencia nacional. Continuou todos os anos até 1980.

            A nova igreja recebeu logo um terreno no centro da cidade e começou a construção. Em 1898 foi inaugurado o novo templo que cabia 1.000 pessoas. Este templo foi substituído por um mais novo em 1961.

            A igreja Batista Filadélfia pediu ingresso na Associação Batista da região. Foi aceita somente com a condição que houvesse uma reconciliação entre ela e Betel. Foi escrita uma carta onde pediram perdão. O novo pastor da Igreja Betel pediu que as duas igrejas juntas fizessem uma semana de oração e jejum. Durante esta semana houve um quebrantamento total e todas as magoas e ressentimentos foram eliminados.

            Nos anos 1904 a 07 houve grandes avivamentos na Igreja Filadélfia. Pela primeira vez falaram sobre o Batismo no Espírito Santo. Dons de língua e profecias eram novidades. Em 1907, com 10 anos de igreja, o número de membros chegou a 700. Tudo isto causou grandes problemas dentro da Convenção Batista e no Jornal Batista havia grandes discussões.

  1. O Seminário de Örebro.

            Um grupo de alunos na Escola Bíblico começou orar em favor de um Seminário em Örebro. Já havia um Seminário Batista na capital, Estocolmo, mas este seminário não aceitava qualquer avivamento. Ongman também orou e chegou a conclusão que o pensamento era de Deus. Tinha receio como seria aceito entre as igrejas batistas. A própria Sociedade Missionária tomou a iniciativa e em 1908 o primeiro ano começou dentro da própria igreja Filadélfia. O pensamento era que seria somente um ano. Depois do primeiro ano, muitos alunos queriam continuar e estudar mais e assim foi criado um 2:o ano. A mesma coisa aconteceu depois do 2:o ano e em 1910 já funcionava em seminário de três anos.

            Em 1911, Ongman comprou um terreno na frente da Igreja e em 1912 o novo seminário foi inaugurado. Funcionou aqui até 1983, quando foi mudado para novas localidades mais funcionais.

  1. Missões transculturais.

            Em 1892-93 a Sociedade Missionária sustentou um casal que trabalhou no norte da África. Em 1892 Ongman recebeu uma carta de São Paulo. Um emigrante sueco pediu um missionário. Um jovem, Alolf Larsson, participou na Escola Bíblica, quando recebeu o desafio. Ele orou e sentiu que Deus queria que fosse ao Brasil. Em 1893 viajou. Parou no Rio onde havia um surto de Febre Amarela. Ele deixou o navio para distribuir folhetos na cidade. Logo ficou doente. Logo em seguida viajou para São Paulo de trem. Não resistiu e logo veio a falecer e foi enterrado em São Paulo.

            Em 1908 a Sociedade enviou um missionário para Índia. Ele adoeceu em tuberculose e morreu em 1910 antes de aprender a língua. Logo em seguida mais duas irmãs foram para Índia.

            Em 1912 Eric Jansson viajou para o Brasil. Vamos voltar a falar sobre isto.

            A Convenção Batista tinha missionários em Congo na África. Um missionário, Sjöblom, faleceu em 1902. Ele ficou sem substituto. Ongman, que também fazia parte da diretoria da Convenção Batista, ficou sabendo. A Convenção Batista não tinha nenhum candidato, que Ongman tinha em Örebro. Ele levou a Igreja Filadélfia a enviar um casal para o campo da Convenção Batista no Congo. Na diretoria Ongman sempre apresentou candidatos para vários campos. A diretoria não se interessou e por isso Ongman várias vezes levou a sua igreja a enviar missionários sem passar pela Convenção Batista. Isto naturalmente também foi uma razão de críticas.

            Em 1917 a Igreja Filadélfia já tinha vários missionários. Agora não era só a Igreja local que enviava, mas também outras igrejas do mesmo grupo. Por isso Ongman achou melhor que a Sociedade Missionária cuidasse também missões transculturais. Com isso a Sociedade Missionária mais e mais se tornou uma nova Convenção dentro da Convenção Batista.

            Em 1921 a Sociedade Missionária abriu um campo próprio na África. Primeiro no Congo Equatorial e depois também na República Centro-Africana.

            Um casal. que estudou no Seminário em Örebro, foi aceito pela Convenção Batista e enviado para a China em 1913. Nesta época surgiram muitos candidatos para China, mas a Convenção Batista não aceitou mais ninguém. Ongman resolveu por isso de enviá-los por meio da Sociedade Missionária. Isto aconteceu em 1919. Este trabalho cresceu muito e continuou até 1949, quando os comunistas fecharam a China para missionários.

            Em 1917 Ongman também enviou missionários para o leste Europeu. Em primeiro lugar para Estônia, um país que tinha muito contato com a Suécia. Nils Angelin foi enviado em 1925. Em 1935 os países foram fechados para missões. Nils Angelin veio por isso para o Brasil, onde foi o fundador do STBI.

            Em 1931 havia 30 missionários na África, 10 na China, 17 no Brasil e 20 na Índia, total 77 missionários, todos sustentados pela Sociedade Missionária de Örebro.

  1. A vida e morte de John Ongman.

            Em 1920 Ongman já tinha 75 anos. Ele estava no meio de um grande avivamento. A Escola Bíblica de 1922 foi uma grande benção. Ongman lecionou sobre Acã e pecados escondidos. Houve um grande quebrantamento e 60 jovens foram batizados no Espírito Santo.

            Ongman era um homem de muita fé. Orava e sempre recebeu o necessário para por ex. as construções. Orava também pelo tempo. Quando havia seca ou chuva demais, muitos agricultores entraram em contato com Ongman pedindo orações.

            Ongman deixou o pastorado da Igreja Filadélfia em 1918, mas ficou, por exemplo, na diretoria da Convenção Batista até 1924, quando tinha 79 anos. Em 1921 fundou o jornal Missionsbaneret, (A bandeira Missionária), que continuava a ser editado até 1993.

            Ongman faleceu em 1931. No dia anterior, com 86 anos, lecionava no seminário.

            No início, a obra de Ongman foi bastante humilde e simples. Ele mesmo administrava e a esposa era a tesoureira da igreja. O trabalho cresceu e por fim era pastor de uma das maiores igrejas batistas da Europa, Diretor de um grande seminário, líder de uma Escola Bíblica e Diretor de uma Sociedade missionária com dezenas de missionários. A administração da Sociedade Missionária funcionou nas dependências da Igreja até 1938, quando foi transferido para um prédio próprio.

  1. Uma nova denominação nasce.

            Ongman mesmo membro da diretoria da Convenção Batista, sempre foi bastante criticado pelos batistas. Em 1907 surgiu o movimento pentecostal. Ongman abriu a sua igreja para este movimento, mesmo que não aceitou tudo. Ele não deu tanto ênfase a profecias e línguas, que o movimento em geral. Falava mais sobre fé e consagração.

            Em 1913, uma igreja batista em Estocolmo aceitou o movimento pentecostal. Aconteceu numa outra Igreja Batista Filadélfia. Ela foi excluída da Convenção Batista, e com isto surgiu a Assembléia de Deus, com Levi Petrus como líder. Muitas igrejas seguiram a esta igreja e saíram. Ongman ficou sem saber o que fazer. Os batistas o criticaram por ser pentecostal, e os da Assembléia de Deus por ser tradicional.

            Depois da morte de Ongman em 1931, houve uma grande divisão na Convenção Batista entre os de Estocolmo, mas tradicionais e os de Örebro, mais avivados. Quando uma igreja agora convidava um pastor tinha preferência por um formado em Örebro ou de Estocolmo. A Sociedade Missionária de Örebro agora tinha um orçamento muito maior que a Convenção Batista.

            Depois da morte de Ongman em 1931 a liderança do trabalho em Örebro ficou com alguns discípulos de Ongman. Eram jovens pastores que não tinham a experiência e paciência de Ongman. Por isso começaram incentivar irmãos de algumas igrejas de sair da sua igreja e fundar uma nova que somente estava ligada com Örebro. Isto aconteceu em muitas Igrejas Batistas no país inteiro. Em 1940 havia duas Convenções Batistas na Suécia, uma com a sede em Estocolmo e outra com a sede em Örebro. Não foi uma obra de Deus. Houve muitos erros, brigas e palavras duras nos dois lados.

  1. Razões para uma nova Denominação.
  2. A doutrina pentecostal. O batismo no Espírito Santo e os dons espirituais.
  3. A visão missionária. Não houve lugar para a visão missionária de John Ongman dentro da Convenção Batista. Por isso ele foi obrigado criar uma Sociedade Missionária para sustentar todos os jovens, que queriam ir aos campos e não foram aceitos pela Convenção.
  4. A estrutura da Convenção Batista. A diretoria se colocou acima da igreja local e apresentou uma proposta de estatutos que as igrejas locais tinham que obedecer. Nestes estatutos constava que a direção da igreja local era sujeita a direção da Convenção. Foi exigido também que as igrejas locais lavrassem as suas escrituras em nome da Convenção. Estas propostas apressaram muitas igrejas a deixarem a Convenção Batista.
  5. Questões de liderança. Surgiu um novo grupo de lideres em Örebro, que nunca tiveram nenhum contato com Estocolmo e por isso nunca sentiram nenhuma lealdade com a Convenção Batista. Eles não tinham nenhuma possibilidade de serem lideres da Convenção Batista e por isso criaram uma Convenção própria.

Em poucos anos surgiram duas Convenções Batistas, cada uma com um pouco mais de 20.000 membros. Em alguns casos a igreja toda deixou a Convenção Batista. Em outros casos um grupo saiu e fundou uma nova igreja. Muitas igrejas também resolveram continuar trabalhando com as duas Convenções, mesmo que isto não era fácil.

Hoje o clima é diferente. Num retiro de pastores em 1972, os pastores das duas convenções se reuniram, pediram perdão uns aos outros e resolveram trabalhar juntos. Muitas igrejas da Convenção Batista aceitam hoje a obra do Espírito Santo e a diferença é pequena. Depois realizaram vários retiros nacionais juntos e em 1990 as duas Convenções tiveram as suas Assembléias juntas no mesmo lugar.

  1. A relação para com a Assembléia de Deus.

            Agora quando ÖM se tornou uma denominação, havia duas denominações pentecostais na Suécia. Levi Petrus, que era o líder da Assembléia de Deus, fez várias tentativas para unir as duas, mas a liderança jovem da ÖM, não queria. Assembléia de Deus agora tinha mais ou menos 100.000 membros enquanto ÖM somente tinha 20.000 e não é fácil unir duas unidades tão diferentes em tamanho. As duas denominações eram bem diferentes na sua estrutura. ÖM tinha uma estrutura bem batista, enquanto Assembléia de Deus não tinha nenhuma liderança central.

  1. O desenvolvimento e a estrutura da ÖM até 1997.

            Logo após a divisão, houve grande avivamento. Muitos jovens se converteram e receberam uma chamada de servir ao Senhor. Em 1940 haviam 532 jovens na Escola Bíblica. Esta escola continua até hoje com um bom grupo de jovens. Além desta escola há outras Escolas Bíblicas regionais. No total muitos jovens participam em algum Curso Bíblico.

            O Seminário continua sempre crescendo. O maior seminário da Suécia. Tem vários cursos, 2 anos e 4 anos, Instituto de liderança para jovens e Instituto de Missões. Mais ou menos 150 alunos em todos os cursos. Em 1983 foi inaugurado o novo Seminário junto à universidade da cidade de Örebro.

            O trabalho entre a Mocidade é importante. Trabalham em duas áreas. Uma é de dar oportunidade para jovens conhecerem os campos de missões. Por isso podem viajar como praticantes. Em agosto cada ano há um grande congresso de Mocidade. As igrejas começam trabalhar com crianças quando têm 5 anos. Um coral. Depois com trabalho entre juniores e a mocidade. Existem também muitos acampamentos para juniores e jovens, principalmente nas regiões.

            ÖM também tem um colégio com internato. Fica na zona rural num lugar muito lindo. Além do 2:o grau há também vários outros cursos como diaconia, jornalismo, arte etc.

            Um centro Administrativo é atualmente alugado no centro de Örebro. Há mais ou menos 60 funcionários entre pessoal administrativo e professores do Seminário.

            Missões transculturais. Continua sempre ser o mais importante. Temos agora missões em mais ou menos 40 países. Quando não temos missionários, trabalhamos em parceria com alguma outra organização. 150 missionários trabalham em todas as partes do mundo menos América do Norte.

            A Editora Libris, é a maior editora evangélica da Suécia. Temos em conjunto com a Convenção Batista e Assembléia de Deus. Produz mais ou menos 50 novos títulos por ano. Imprime também Bíblias e hinários para todas as denominações.

            Trabalho entre imigrantes. Mais ou menos 10% da população da Suécia são imigrantes. Muitos refugiados dos países árabes, Iugoslávia e África. No passado também de Chile. É importante também dar o evangelho a estes imigrantes. Ás vezes são mais sensíveis a mensagem que muitos suecos secularizados. Os imigrantes também ás vezes vem de países fechados.

            Organização. Muito parecido com a CIBI. Uma Assembléia anual elege a diretoria e entrega a responsabilidade a ela, que se reúne praticamente cada mês.

            O jornal DAGEN. Junto com Assembléia de Deus e mais uma denominação, a Aliança Missionária na Suécia. Vem com 4 números por semana.

  1. Fundação da InterAct em 1997.

            Havia na Suécia três denominações pequenas com praticamente as mesmas doutrinas e uma estrutura batista. As duas menores se uniram em 1993, que era a Igreja da Santidade e os Batistas Livres.  ÖM queria se unir com a Convenção Batista, mas esta não se interessava. Por isso em 1993 procurou a liderança desta nova denominação e perguntou se eles não queriam iniciar uma nova denominação juntamente com ÖM. A resposta foi positiva e logo em seguida começou um diálogo sobre como se unir. As conversas resultaram em uma união que começou em 1997. A nova organização escolheu o nome InterAct como nome internacional. A estrutura não mudou muito. Resolveram priorizar, tanto nos campos missionários, como dentro da Suécia cinco áreas de trabalho: 1. Educação 2. Diaconia  3. Abrir novas igrejas. 4. Dar apoio às igrejas já existentes. 5. Adolescentes e jovens.

  1. InterAct no mundo.

ÁSIA.

  1. Afeganistão (1974) Parceria com IAM. Reconstrução do país. Clinicas de olhos. Trabalho entre refugiados. Não há missionários.
  2. Bangladesh (1973) Uma convenção de igrejas. Parceria em projetos sociais. Não há missionários
  3. Filipinas (1990) Projetos de tradução da Bíblia para línguas nativas. 1 casal de missionários.
  4. Índia. (1908) Há uma convenção de igrejas. Parceria com obra social. Um casal de missionários.
  5. (1990) Parceria em projetos sociais, principalmente para ajudar pessoas com Aids. Não há missionários.
  6. China (1919) Há algumas convenções, mas sem ajuda da Suécia agora. Missionários que entram como profissionais. Trabalham mais no interior. 2 casais e duas solteiras. 
  7. (1991) Parceira com duas missões dentro da área social. Trabalha entre povos minoritários. Não há missionários.
  8. (1953) Trabalha dentro de uma missão, United Mission to Nepal. Trabalhos sociais. Escolas e hospitais, desenvolvimento industrial. Ajuda para a Igreja nepalesa. 2 casais e 1 solteira.
  9. Mongólia. (1992) Implantação de igrejas. Há um avivamento forte. 1 casal que agora está na Suécia.
  10. Coréia do Norte. (2001) Projeto de agricultura. Falta de alimentos. Não há missionários.
  11. Paquistão. (1960) Uma convenção nossa. Suporte para uma denominação. Implantação de igrejas. Curso por correspondência. Não há missionários.
  12. (1953) 1 Convenção nossa. Implantação de igrejas. Há uma denominação. 1 missionária que está na Suécia.
  13. Tailândia. (1969) Sede do trabalho da InterAct na Ásia. Implantação de Igrejas e projetos sociais. Trabalho com doentes em Aids, orfanato etc. 6 casais e 1 solteira. 

ÁFRICA.

  1. República Centro-Africana. (1923) Convenção com 70.000 membros. Seminários, Hospital etc. 3 casais e 2 solteiras. Os missionários por causa de perseguições tiveram que deixar o país.
  2. Moçambique. (1920) Denominação com 200.000 membros. A denominação pediu uma pausa na parceria com Interact. Vai começar uma nova cooperação. Ajuda para reconstruir o país depois das grandes enchentes. Trabalhos pioneiros iniciados da África do sul, com várias igrejas.
  3. Suazilândia. (1930) Convenção. Projetos sociais.
  4. África do Sul. (1891) 2 Convenções. Seminários e projetos sociais. Editora. 2 casais e 2 solteiras.
  5. Tanzânia. (1954) Parceria com Assembléia de Deus, com 300.000 membros. Implantação de igrejas, trabalho entre refugiados, escolas etc. 1 casal e 1 solteira.
  6. Zâmbia. (1931) 1 convenção. Um hospital. 1 casal.

ORIENTE MÉDIO.

Não tenho informações sobre missionários por países, já que é proibido ter missionários na maioria delas. Fora da Tunísia há 9 casais e uma solteira. A sede da região está na ilha do Chipre, onde há dois casais.

  1. Algéria. Apoio para lideres nacionais. Não há missionários.
  2. Projetos sociais. A revista Magala.
  3. Jordânia. Apoio a crentes.
  4. Líbano. (1995) Apoio a igrejas e o projeto Sat-7. 4 casais.
  5. Sudão. Apoio a Igreja perseguida e também projetos sociais.
  6. Tunísia. (1983) ACT uma organização de Assistência Social que tem contrato de parceria com o governo. Trabalha com projetos sociais na área de saúde, agricultura educação etc. 1 casal.
  7. Apoio a crentes e evangelização. Os missionários entram como profissionais. 2 casais.

AMÉRICA LATINA.

  1. Brasil (1912) Em parceria com CIBI. Apoio a Educação Teológica e projetos sociais. 5 casais.
  2. (1983) Parceria com a Comunidade Cristiana. Preparação de lideres. Não há missionários.
  3. (1983) Implantação de Igrejas e Projetos sociais. 4 voluntários da Suécia.
  4. (1992) Parceria com MAS (Misiones desde América del sur) Apoio ao Seminário e projetos sociais. 1 casal.
  5. (2000) Apoio a uma igreja e projetos sociais. 1 casal que volta para Suécia em maio de 2003.

EUROPA.

  1. Basjcortistão. (1992) Apoio a igrejas, programas de rádio, tradução da Bíblia e impressão de Bíblias.
  2. França. (1953) Implantação de novas igrejas em parceria com a Federação das Igrejas Batistas de França. 4 casais.
  3. Iugoslávia. (1981) Apoio a igrejas batistas e Educação Teológica. 1 casal.
  4. Parceria com CIBI, Portugal. Implantação de igrejas e uma estação de rádio. 2 casais.
  5. (1965) Implantação de igrejas. 2 casais.
  6. Ucrânia. (1994) Parceria com a Convenção Batista. Apoio a obreiros nacionais e ajuda de alimentos. Não há missionários.

 


Versículo

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." - (João 3:16)